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organização da Semana do Parkinsoniano
de 04 a 11 de abril
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Este Blog tem o objetivo de recolher informações específicas sobre as últimas conquistas obtidas pela ciência na pesquisa sobre a DOENÇA DE PARKINSON e ainda trocar idéias, transmitir experiências, técnicas, encorajar seus membros, dar e receber apoio mútuo e trocar experiências de como lidar com enfermidade. Dedicamos este blog às pessoas com Parkinson (PcP)e a seus familiares, bem como aos profissionais da saúde que vivenciam a situação de stress que acompanha a doença.
Um comentário:
OI pessoal. esta reportagem saiu hoje, dia 4/02/2010.este aspecto de coração e Parkinson nao conhecia. E vcs? Simone Shepherd
PARKINSON E CORAÇÃO -4/2/2010
Por Alex Sander Alcântara
Agência FAPESP – As causas da doença de Parkinson ainda não são completamente conhecidas. Sabe-se que essa desordem degenerativa é caracterizada pela disfunção dos neurônios secretores de dopamina (mediador químico importante para a atividade normal do cérebro) e afeta regiões cerebrais responsáveis pelo controle muscular, provocando tremores, rigidez nos músculos e diminuição de mobilidade.
Novos estudos têm indicado também a associação da doença com problemas no coração, como se viu no 18th WFN World Congress on Parkinson’s Disease and Related Disorders, realizado em Miami, nos Estados Unidos, em dezembro último.
De acordo com as pesquisas, sintomas cardíacos podem anteceder os sintomas motores causados pela doença de Parkinson, e pode haver uma independência entre os sintomas cardíacos e os motores da doença em pacientes humanos.
Segundo o pesquisador, a manifestação clínica do Parkinson tem mudado muito. “A pesquisa procura entender de que forma a doença afeta o coração. Investigamos se a droga MPTP causa alteração no coração e, simultaneamente, no encéfalo. O objetivo é ver se o MPTP pode ser um bom modelo para se quantificar os efeitos da doença de Parkinson no coração”, explicou.
Nos resultados preliminares, o grupo de camundongos que recebeu a droga apresentou, à análise morfológica estereológica estocástica tridimensional, uma atrofia do ventrículo esquerdo do coração e “uma tendência ao aumento do número de núcleos de fibras cardíacas (cardiomiócitos) desse mesmo ventrículo, o que é sugestivo de uma proliferação compensatória dessas fibras”, disse Coppi.
Além disso, os animais apresentaram taquicardia (sem aumento da pressão arterial) e diminuição global da inervação cardíaca, incluindo distúrbios da inervação simpática. Os dados foram corroborados pelo decréscimo nas concentrações de neurotransmissores (catecolaminas) no coração –dopamina e noradrenalina.
“Quando o coração apresenta redução no seu suprimento nervoso, tem também menos capacidade de se contrair e atuar como bomba propulsora na distribuição do sangue para o resto do corpo”, explicou.
O caráter inovador do projeto reside no fato de se usar estereologia estocástica tridimensional para quantificar “associadamente” o músculo cardíaco, a inervação cardíaca e os neurônios do sistema nervoso central e ver como isso pode estar conjuntamente afetado pela doença de Parkinson.
“Se a droga causar lesões no cérebro e, simultaneamente, no coração, é um bom indício de que o MPTP possa ser um bom modelo químico para se estudar a forma cardíaca do Parkinson. Embora a droga já fosse utilizada na literatura para induzir a doença de Parkinson em camundongos e em primatas, os estudos sempre enfocaram o cérebro, mas sem abordar o aspecto morfoquantitativo do coração”, destacou Coppi.
Caráter sistêmico
A grande mudança de paradigma nas novas pesquisas, de acordo com Coppi, é que a doença de Parkinson pode se iniciar pelo sistema nervoso periférico. “E, a partir daí, pode afetar os órgãos que são inervados por esse sistema periférico e sem qualquer relação com os neurônios do cérebro”, disse.
“Até então se achava que a doença de Parkinson começava no sistema nervoso central e, depois, poderia evoluir para um quadro periférico, afetando outros órgãos. Agora, novas hipóteses são formuladas de que pode ocorrer algo periférico primeiro, ou seja, algo não cerebral, e depois evoluir para o cérebro”, reforçou.
Esperamos encontrar resultados robustos que nos ajudem a entender a evolução do Parkinson em pacientes humanos”, disse.
Mais detalhes sobre a pesquisa podem ser obtidos com o professor Coppi por e-mail (guto@usp.br, skype (antonio.augusto.stereo), telefone (11) 3091 - 1214 ou visitando o site do LSSCA (www2.fmvz.usp.br/lssca).
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