Dalva, Geni, Omar, Nancy, Iris, George, Alcides.. formam a Diretoria da ACP, que está muito preocupada em promover eventos que ajudem a melhorar a qualidade de vida dos portadores desta insidiosa doença!!!!

06 dezembro, 2010

Quando um corpo estranho (geralmente alimento ou líquido) “entala” na garganta ou passa através da glote para a traquéia, vem a sensação de sufocação, com dor local e reflexo da tosse que tenta desalojar o corpo estranho e desobstruir as vias aéreas.


Este processo agudo é chamado de “engasgo”, e constitue um emergência que deve ser tratada imediatamente sob a pena de levar a uma parada respiratório e mesmo o óbito.

O ato de deglutir (engolir) envolve três fases, a primeira, voluntária, quando a língua impulsiona os sólidos e líquidos para dentro da garganta; as outras duas fases são involuntárias e mais complexas. O ato de deglutir evita que partículas sólidas ou líquidas penetrem, pela glote, nos pulmões.

Em idosos, a incidência de alterações de deglutição é grande e aparece como um sintoma de doenças tais como o acidente vascular cerebral (AVC), Doença de Parkinson, Doença de Alzheimeir, que, freqüentemente, acometem essa população. Além disso, há um envelhecimento das estruturas que envolvem a deglutição, porém, apesar dessas mudanças, não há comprometimento na efetividade ou na segurança da deglutição em idosos saudáveis, que ocasionariam o engasgo com saliva e/ou alimento nessa população.


Como vimos existem várias doenças que, por alteração anatômica ou alteração da inervação da garganta, aumentam a possibilidade de engasgos, mas as pessoas podem engasgar-se sem que haja qualquer comprometimento, somente por pressa ao engolir, próteses dentárias inadequadas, excessos alimentares ou de líquidos na boca ou ainda ansiedade.

Engasgo

A manobra de Heimlich é o melhor método pré-hospitalar de eliminar a obstrução das vias aéreas superiores causada por corpo estranho. Essa manobra foi descrita pela primeira vez por Henry Heimlich em 1974 e induz uma tosse artificial, que deve expelir o objeto da traquéia da vítima. Resumidamente, uma pessoa fazendo a manobra usa as mãos para fazer pressão sobre final do diafragma. Isso comprimirá os pulmões e fará pressão sobre qualquer objeto estranho na traqueia.

Método – Posicione-se atrás da vítima, cerre o punho e o posicione com o polegar para dentro entre o umbigo e o osso esterno. Com a outra mão, segure o seu punho e puxe ambas as mãos na sua direção, com um rápido empurrão para cima e para dentro a partir dos cotovelos. Você deve comprimir a parte superior do abdômen contra a base dos pulmões, para expulsar o ar que ainda resta e forçar a eliminação do bloqueio. Repita por cinco vezes. Cada empurrão deve ser vigoroso o suficiente para deslocar o bloqueio.

Os idosos de uma forma geral, principalmente os intitucionalizados e os portadores de doenças neurológicas e degenerativas acidente vascular cerebral (AVC), Doença de Parkinson, Doença de Alzheimeir) devem ser avaliados por fonoaudiólogos (profissionais que atuam nos transtornos da deglutição) e dentistas, visando não somente um enfoque normalizador das estruturas da deglutição, mas também transmitindo a sensação de segurança ao idoso, que o desconfortável episódio de engasgo não mais ocorrerá.

Referência:

Rozenfeld M, Friedman S – A percepção subjetiva do engasgo em pessoas idosas. RBCEH – Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, Passo Fundo, 47-56 – Jun/dez.2005

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