ADESIVO NO TRATAMENTO DA DP
Combate radical ao ParkinsonPrimeiro adesivo indicado contra a doença facilita o controle dos sintomas
Por Cilene Pereira
Facilitar a vida das pessoas durante o tratamento é um dos objetivos da medicina moderna. Nesse modelo se encaixa o medicamento Neupro, a mais nova opção contra o mal de Parkinson, enfermidade degenerativa que afeta os neurônios e atinge cerca de 145 mil brasileiros. A grande vantagem desse remédio está na forma de consumo: um adesivo para a pele capaz de fornecer uma dose contínua de medicação por 24 horas. Primeiro do gênero indicado para o problema, foi aprovado pela Agência Européia de Medicamentos. Nos Estados Unidos, é analisado pelo FDA, órgão responsável pela liberação de remédios no país. No Brasil ainda não há previsão de lançamento
O Neupro, desenvolvido pelo laboratório alemão Schwarz Pharma, contém um composto chamado rotigotine. Ele imita a ação do neurotransmissor dopamina, substância natural do cérebro envolvida nos processos de coordenação motora.
O Neupro pode ser colado em qualquer região do corpo.
É liberado através da pele, cai na corrente sangüínea e, por ela, chega até o cérebro. O paciente precisa trocar o adesivo depois de 24 horas
Nos pacientes com o mal de Parkinson há um desequilíbrio na quantidade de dopamina.
Daí a dificuldade imensa e progressiva dos doentes para controlar os movimentos. O objetivo das principais medicações contra a doença, inclusive o Neupro, é restabelecer as funções exercidas pela dopamina e, assim, ajudar na recuperação de pelo menos parte da capacidade de organizar seus movimentos.
A chegada do adesivo animou os especialistas. Primeiro pela praticidade, ao permitir a substituição de dois a três comprimidos diários normalmente receitados aos doentes. Depois, porque o uso contínuo da droga, teoricamente, deverá diminuir a ocorrência de complicações resultantes das próprias medicações. “As alterações nos níveis de remédio no sangue, típicas nos casos de uso dos comprimidos, costumam provocar movimentos involuntários nos pacientes”, explica o neurologista Egberto Reis Barbosa, da Universidade de São Paulo. A regularidade da liberação de medicamento pelo adesivo tende a resolver esse problema.
Enfim, uma boa notícia no tratamento de uma doença tão devastadora.
http://www.terra.com.br/istoe/1907/medicina/1907_combate_radical_ao_parkinson.htm
2 comentários:
Os Senhores sabem me dizer se o medicamento neuro já está sendo vendido no Brasil?
Agradeço. Silvia
silviaregin@ig.com.br
Corrigindo comentário acima o nome do medicamento é neupro
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